Um dia João está sentado com os colegas na mesa de trabalho e no outro ele precisa começar a orientá-los. Um dia, Maria está em um trabalho CLT e no outro começa uma empresa com colaboradores para liderar. Todos os dias nos deparamos com exemplos como esses de novas lideranças.
Ouça este artigo!
Apesar deste ser um momento de muitas dúvidas e inseguranças, existem algumas dicas que podem ajudar a facilitar essa transição e levar credibilidade e respeito ao novo cargo em um curto período de tempo.
5 dicas que farão a diferença para novas lideranças
No episódio “Caí de paraquedas na liderança, e agora?” do podcast Love The Problem, nossos queridos Panda (Antonio Gerent) e Lula conversaram sobre suas experiências com novas lideranças.
Por isso, separamos alguns trechos desse bate-papo aqui no texto. Mas se você quiser ouvir o episódio inteiro (que está incrível!) é só dar o play abaixo:
1ª dica – Entenda a diferença entre liderança e gestão
Um dos principais pontos que toda nova liderança precisa entender é a diferença entre liderança e gestão.
“Para mim sempre foi a mesma coisa, gestão e liderança! Quem é chefe de alguém é quem sabe tudo sobre aquilo. Essa era a minha relação: quanto mais acima você está na hierarquia, mais você sabe”, comenta Panda.
Entretanto, ele conta que essa queda de paradigma foi quebrada, especialmente após vivenciar o desenvolvimento da própria carreira.
“Muitas das coisas que eu fiz [em um emprego anterior], eu fazia muito bem. E isso fez com que eu me desenvolvesse muito rápido. Por ser um especialista técnico e trabalhar rápido, então acabou misturando liderança e gestão”.
Mas nem sempre o gestor é um líder — e vice-versa. Enquanto o gestor é quem assina os pontos dos funcionários e cuida da rotina corporativa, o líder está focado em auxiliar outras pessoas nas tomadas de decisões e no desenvolvimento.
Vale a pena conferir: O que é Liderança Ágil?
2ª dica – Nem todos precisam ser líderes
Ao assumir uma nova liderança, é provável que você note talentos na corporação. Mas cuidado ao assumir que eles também devem se tornar gestores.
Imagine, por exemplo, que sua equipe de programação possui duas pessoas, Carlos e Maria. Carlos é inteligente, ágil e extremamente produtivo, mas muito fechado. Já Maria é igualmente inteligente, mas peca um pouco na produtividade por estar sempre ajudando colaboradores de outras equipes.
Ao olhar apenas para os números, Carlos se destacaria como o melhor candidato para uma vaga de gestão. Mas Maria já é uma líder nata, preocupada em ajudar os outros e apoiar sua empresa no que puder.
Ou seja: conheça os números e as pessoas ao buscar novas lideranças.
3ª dica – Flexibilidade e restrição: amigas dos novos líderes
Com a popularização do trabalho remoto, muitos chefes se sentiram de “mãos atadas” para controlar a equipe. Com isso, reuniões às 8h e follow-ups excessivos se tornaram “soluções” de muitas empresas que sentem falta da microgestão.
E se a microgestão fosse trocada pela flexibilidade? Caso um colaborador consiga atender suas demandas e entregar seu trabalho na carga diária, será que aquela reunião às 8h é realmente necessária?
“E a restrição, onde entra em uma empresa flexível?”
Vamos supor que um novo colaborador está acostumado a trabalhar com a ferramenta X e a empresa opera com a ferramenta Y. Esse novo colaborador inicia sua jornada na corporação utilizando a ferramenta X, que não pode ser acessada pelos seus gestores.
São cenários como esses em que a restrição pode ser incluída. Ao dar espaço para todos serem quem são dentro das restrições, é possível criar um ambiente de respeito a todos os colaboradores.
“Temos clientes na K21 que não querem aderir à microgestão, mas sofrem que às vezes as demandas não são atendidas e se sentem inclinados a ‘apelar’ para a microgestão. É por isso que as restrições são importantes para a pessoa liderada. Assim, você não deixa ela solta ao ponto de se desesperar com as opções, mas não prende ao ponto de afetar sua liberdade criativa”, explica Lula.
Leia também: A importância da inteligência emocional em uma liderança ágil
4ª dica – Um bom líder é o que oferece as ferramentas necessárias para sua equipe
Uma das coisas que mais gostamos do Love The Problem é a honestidade do Panda e Lula nas conversas — e dessa vez não foi diferente. Lula confessou ser desorganizado, o que afeta muitas vezes a produção do LTP.
Mas o mais relevante para as novas lideranças foi explicado logo em seguida. “Temos experimentado e agora conseguimos fazer um sistema que está fluindo bem. Apesar da gestão estar ajudando a gerenciar, o que ela deveria estar fazendo é organizando o sistema que faz o trabalho fluir”.
Ao oferecer as ferramentas certas para a sua equipe, problemas como a microgestão e retrabalho deixarão de ser uma preocupação e abrirão espaço para uma liderança mais aberta e baseada na confiança.
5ª dica – Novas lideranças devem estar abertas ao aprendizado
Nossa última dica também é a mais importante, por isso, atenção. Para que uma liderança se torne uma referência positiva, ela também precisa estar disposta a aprender — como diz o Princípio de Peter.
“Segundo o princípio, todo funcionário tende a subir ao seu nível de incompetência. Ou seja, você será promovido até não conseguir mais aprender e ser incompetente o suficiente para não ser mais promovido”, explica Lula.
Esse princípio pode ser assustador para muitos, mas deixa de ser uma preocupação dos participantes do nosso programa Certified Exponential Leader. Em apenas seis meses, você aprenderá técnicas, ferramentas e conceitos para avançar 10 anos de experiência.
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