Apesar de ser um assunto de extrema importância na sociedade, a equidade de gênero nas empresas ainda gera polêmicas entre as corporações. Enquanto muitas afirmam buscar a igualdade sem apresentar resultados reais, outras sequer se preocupam em oferecer as mesmas oportunidades.
Um número que demonstra claramente esse problema são os salários: em 2019 as mulheres ainda recebiam 77% do salário dos homens nos mesmos cargos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Então, como garantir a equidade de gênero nas empresas? É o que esse texto irá debater, acompanhe!
Equidade de gênero nas empresas: mito ou meta?
A equidade de gênero nas empresas é a garantia de um tratamento justo entre homens e mulheres no espaço corporativo, respeitando suas diferentes necessidades. Mas apesar da teoria ser simples, a prática é um pouco mais complexa.
Como já afirmamos acima, a diferença salarial entre sexos era de 33% em 2019. Essa disparidade, inclusive, coloca o Brasil na 130ª posição no ranking de igualdade salarial entre gêneros.
Mas vale ressaltar que a pandemia também afetou negativamente a equidade de gênero nas empresas, atrasando a igualdade para 136 anos de acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial.
Isso porque o assunto vai além do dinheiro, já que as mulheres também enfrentam:
- Jornada dupla ou tripla de trabalho, com os cuidados domésticos, de crianças e idosos;
- Resistência de corporações em contratar mães;
- Dificuldade no acesso às posições de gestão e liderança;
E ainda há mais um importante fator que pode afetar a carreira das mulheres: o assédio físico e moral. De acordo com o Instituto Locomotiva, 40% das mulheres já relataram xingamentos ou gritos em ambiente de trabalho, enquanto apenas 13% dos homens já viveram situações parecidas.
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Não podemos nos esquecer das minorias
Além de abordarmos as questões sexistas no ambiente de trabalho, não podemos esquecer que esse não é o único problema das corporações: raça, orientação sexual e identidade de gênero são outras infelizes causas de discriminação.
Uma pesquisa do Center for Talent Innovation, por exemplo, não só constatou que 33% das empresas existentes no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia, como revelou que 41% dos funcionários LGBTQIA+ afirmam já terem sofrido algum tipo de discriminação em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho.
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Quando olhamos para equidade racial, a realidade não é tão diferente. O Observatório da Diversidade e da Igualdade de Oportunidades no Trabalho revelou as diferenças de remuneração relacionada a sexo e raça no setor formal em 2017:
- Média salarial de homens brancos: R$ 3,3 mil;
- Média salarial de mulheres brancas: R$ 2,6 mil;
- Média salarial de homens negros: R$ 2,3 mil;
- Média salarial de mulheres negras: R$ 1,8 mil.
Mas a diferença, mais uma vez, não está apenas nos salários: apenas 29% dos cargos de direção avaliados pelo Observatório eram ocupados por pessoas negras.
Como garantir a equidade de gênero nas empresas?
A busca por uma sociedade mais igualitária precisa passar pela cultura organizacional das empresas. Grandes organizações têm tomado atitudes para garantir a equidade de gênero, como a mineradora Vale.
Após fazer um processo seletivo de trainees às cegas (ou seja, sem identificar nome, gênero, idade e faculdade dos candidatos) e tirar a exigência de inglês avançado, o programa de 2021 foi composto por 68% de mulheres, boa parte delas negras.
Usar nomenclaturas neutras, como amigues ou todxs, também pode tornar o processo mais convidativo e mostrar que a empresa está se empenhando em criar um ambiente seguro.
É claro que os salários também devem ser reavaliados para serem justos para todos. Uma opção para extinguir a diferença salarial é a criação de uma tabela com os valores disponíveis para cada vaga. Assim, todos receberão o mesmo salário, independente de quem são.
Na K21, a equidade de gênero é uma meta em constante evolução. Em janeiro de 2021, a maioria dos nossos funcionários (52,2%) se identificavam como homem cis, seguidos de mulheres cis (39,1%). Entretanto, ao final do mesmo ano, os números se inverteram, e as mulheres cis se tornaram maioria (53,4% contra 41,4%).
Nós trabalhamos diariamente para sermos um ambiente seguro para todas as pessoas, em todas as suas individualidades e diferenças. Queremos uma equipe plural, diversa e que se sinta plenamente à vontade para ser o que se é.
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