Em alguns anos, já treinamos milhares de profissionais do mercado. Nossos alunos são protagonistas da transformação ágil em organizações pelo mundo, e isso muito nos orgulha!
Queremos contar essas histórias, de profissionais que participam de nossas formações e levam todo o conhecimento aprendido para espalhar a cultura ágil em empresas de diversos setores e tamanhos.
No primeiro post da série “Agilistas de Sucesso”, conversamos com o Carlos Dutra, que revela os desafios na carreira e conta um case com a agilidade através do Flight Levels.
Você pode assistir à entrevista na íntegra pelo YouTube ou ler o artigo aqui embaixo.
O Agilista Carlos Dutra
Carlos Dutra possui ampla experiência na área de Gestão de Tecnologia e Desenvolvimento de Software. Dos 17 anos de carreira, passou os últimos seis trabalhando com os métodos ágeis. Hoje, desenvolve o papel de Scrum Master na Rede Gazeta, sendo o responsável por projetos de desenvolvimento digitais.
Tudo começou com o Scrum…
Antes de conhecer a agilidade, Carlos conta que trabalhava com Gestão Tradicional de Projetos até ir trabalhar em uma software house que utilizava a agilidade.
Ele conta que foi nesse momento que encontrou nos métodos ágeis exatamente o que, segundo sua experiência, faltava na gestão tradicional:
“Gestão de projetos para mim sempre foi algo frustrante, porque você tem todo aquele planejamento, aquele cronograma que você faz previamente, antes de iniciar a implementação ou antes de iniciar qualquer execução, e no momento que você inicia e executa, já começa com um realizado diferente do planejado. Então, esse foi um grande divisor de águas para eu poder testar outros modelos, porque a minha frustração veio daí: tudo que eu planejava, eu não conseguia executar diretamente, corretamente, e entregar dentro do prazo, e o cliente sempre ficava insatisfeito.”
Dentre os métodos ágeis, ele relembra que iniciou pelo Scrum. Como a virada de chave da atuação de Gerente de Projetos para Agilista, ele destaca:
“…conseguir atender a necessidade do cliente, conseguir entender o cliente e entender também que as coisas mudam muito rapidamente, e isso é difícil, um gerente de projetos ter essa visualização de que as coisas mudam muito rápido em um espaço muito curto de tempo.”
De gestor tradicional a agilista
Carlos conta que o maior desafio que enfrentou para trabalhar com a agilidade foi a mudança do modelo de pensamento. Enquanto no gerenciamento de projetos o ciclo de vida é bem definido, isso não acontece na agilidade, que não começa pelo planejamento, mas pelo entendimento do problema.
“…nesse momento, precisava voltar, dar um passo atrás, esse era o grande desafio de um gerente de projetos para um agilista, para um profissional de agilidade. Então, é começar de trás para frente, começar entendendo o problema do cliente, antes mesmo de propor ideias, propor soluções.”
Agilidade na Rede Gazeta
Em 2016, Carlos recebeu uma proposta de trabalho desafiadora: desenvolver a agilidade em um departamento na Rede Gazeta. De acordo com ele, a empresa familiar sentiu a necessidade de atender a ânsia de mudança do mercado a curto prazo.
“Criou-se um departamento, que ainda não se sabia que era um departamento de agilidade, um departamento voltado para as premissas e os métodos de agilidade, mas que fosse um departamento mais rápido, um departamento de tecnologia e desenvolvimento que conseguisse responder mais rapidamente à organização. E aí foi a minha contratação no momento, em 2016. Nesse período, eu já estava ali há aproximadamente uns seis ou oito meses, lendo sobre agilidade, participando, acompanhando algumas comunidades ágeis, e eu sempre falo que fui muito sortudo, porque eu tive a oportunidade de construir uma estrutura voltada para a agilidade do começo.”
Flight Levels: a decolagem da carreira e da empresa
Para promover o desenvolvimento do negócio em diferentes níveis da organização, Carlos precisava escalar a agilidade para além do operacional, mas ainda não tinha clareza sobre como chegar aos níveis de coordenação e estratégico. Foi então que conheceu o Flight Levels pela K21 e realizou nosso primeiro treinamento do modelo, em janeiro de 2020.
“O grande desafio ali é lidar com as dependências. O Flight Levels mostra muito bem isso, você lidar com a dependência entre os times, trabalhar na agilidade do fluxo… E quando eu saí do curso e olhei para dentro da organização, eu entendi que era o aprendizado que a gente precisava ter de lidar com as dependências. Era isso que precisava. Nós tínhamos times ultramente dedicados, porém não havia ali um sincronismo.”
A estratégia utilizada por Carlos para usar o Flight Levels começou com um olhar para dentro da organização, expandindo a agilidade de baixo para cima.
“A gente começou ali no nível operacional, e a partir do nível operacional, a gente foi cultivando e disseminando o conhecimento para o nível estratégico, passamos pelo nível de coordenação e estamos chegando, pode-se dizer, no nível estratégico. Então, é um caminho assim com bastante colaboração, porque você implementa a agilidade baseado nos resultados obtidos, nos resultados do que você está ali implementando, é bastante empírico mesmo, usando esta estratégia de escalar a agilidade do nível operacional até o nível estratégico.”
Além de melhorar a integração entre os times envolvidos, a organização entendeu que precisava integrar outros departamentos ao projeto ágil, como o departamento de métricas, os usuários-chave dos produtos, o time de inteligência que faz propostas e o time comercial que vende os produtos.
“…a gente ampliou o nosso downstream e com isso a gente aumentou a integração entre os times e, obviamente, ganhamos agilidade. Então, no nível 2 do Flight Levels, que é o nível de coordenação, a gente elevou bastante o nível de eficiência deste time, desta coleção de times, um conjunto de times na verdade, eram seis times aproximadamente que estavam ali no nível de coordenação.”
Melhoria contínua na carreira
A jornada de desenvolvimento da carreira do Carlos Dutra como agilista conta com a K21 desde o início. Ele se autointitula “seguidor fiel da K21”, por acompanhar artigos do blog e publicações em redes sociais, e por participar das nossas comunidades.
Ao longo da sua carreira e busca por desenvolvimento como agilista, já realizou cinco treinamentos conosco, na seguinte ordem:
Sobre o treinamento de Métricas Ágeis, ele comenta:
“Avelino é o nosso instrutor lá, sigo ele até hoje e super recomendo os ensinamentos dele para toda a galera que quer trabalhar com a agilidade. Dentro da companhia, eu tive um grande avanço no uso de métricas, metrificando eficiência, eficácia, dividindo métricas de sucesso e métricas de entrega, voltadas para o time e não para o indivíduo, e a partir daí eu consegui também entender muitos dos problemas que existiam dentro da companhia olhando para dados. Então, hoje a nossa companhia é orientada a dados. As tomadas de decisões são orientadas aos resultados obtidos nas métricas.”
Para todos os agilistas
Aos profissionais que trabalham ou querem trabalhar com a agilidade, Carlos indica:
- Participar das comunidades brasileiras que discutem agilidade, como o Love the Problem
- Acompanhar a K21 no site e redes sociais
- Ler o livro “Repensando a Agilidade”, do Klaus Leopoldo
- Fazer os cursos com abordagem empírica, de como adotar a agilidade
Compartilhe sua história como aluno K21
Você já fez alguma formação com a K21 e tem um case bacana para compartilhar, de como você aplicou na sua organização o que aprendeu no treinamento? Envie sua história para marketing@k21.com.br e vamos conversar! Quem sabe a próxima história desta série não pode ser a sua?