Times estáveis e a correlação com o orçamento das empresas
Quando falamos de orçamento, é comum imaginar uma planilha gigantesca cheia de linhas e colunas. Mas, na prática, o orçamento de uma empresa funciona como um grande cano de água: por ele passa toda a energia financeira que mantém a organização viva.
A questão é: como distribuir essa água de forma inteligente para que ela realmente chegue onde precisa gerar valor?
O problema da gestão por projetos
No modelo tradicional de alocação por projetos, a cena empresarial muitas vezes é caótica. Cada área abre sua torneira com uma visão local, puxando água do cano principal como pode. É como se cada área soubesse que pode haver falta de água em breve e então começa a pegar toda a água disponível e tentar garantir, para si própria, o máximo de estoque possível.
Resultado: otimização local, desperdício, sobreposição de esforços, falta de clareza sobre quem está cuidando de quê, sem contar o principal: falta de priorização do que é realmente estratégico para a organização.
Não raro, o gestor olha para o portfólio e pensa: “Estamos investindo tanto… mas não sei exatamente onde isso está indo nem o impacto real que está gerando.”

Times estáveis como registros de água
Aqui entra a mudança de chave: times duradouros funcionam como registros bem definidos nesse sistema hidráulico.
- Cada time recebe um fluxo contínuo do orçamento.
- Esse fluxo não é aleatório, mas conectado diretamente aos objetivos estratégicos da organização. E pode ser aumentado ou diminuido de acordo com o contexto. O objetivo aqui NÃO é sobre entregar um determinado projeto, mas sim maximizar o ROI em cima do custo fixado nesse time.
- O time tem responsabilidade e autonomia para direcionar esse recurso de acordo com suas capacidades multidisciplinares (negócio + operações + tecnologia). É a vivência do accountability, onde se têm clareza de qual o retorno esperado dessa célula que cuida de um determinado produto, serviço ou plataforma desta organização. Isto permite uma melhor gestão por resultados destes subtemas específicos e apuração do que foi investido vs o retorno.
Ou seja: em vez de disputar baldes d’água para cada novo projeto, as equipes consolidadas têm sua própria “torneira” de orçamento. Isso garante previsibilidade, organização e foco em resultados.
O que muda na prática
- Menos confusão, mais clareza: ica evidente qual time responde por cada produto, serviço ou plataforma, sem sobreposição ou lacunas.
- Alocação inteligente: o dinheiro não se perde em microprojetos dispersos, mas flui para capacidades estáveis e perenes que aprendem, evoluem e entregam continuamente.
- Agilidade real: ao invés de montar e desmontar times a cada demanda, a organização passa a evoluir com estruturas que permanecem, aprendem e se fortalecem. O tema (produto, serviço ou plataforma) que elas são responsáveis pode mudar ao longo do tempo, e consequentemente até mesmo alguns membros do time. Mas há uma base que tenta se manter sólida, até mesmo pra fazer uma boa gestão de conhecimento.
Conclusão
Se o orçamento é o cano principal da empresa, a estabilidade dos times é registro que dá direção e ordem a esse fluxo. É a partir deles que a energia financeira se transforma em impacto real para o cliente e sustentabilidade para o negócio.
No fim, a pergunta que fica é: Você quer continuar distribuindo baldes d’água em projetos dispersos ou prefere abrir registros claros que irrigam sua estratégia de forma contínua e sustentável?
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