Criado por David Anderson, o Método Kanban é baseado em tornar visível o que é de outra forma, trabalho intangível (invisível) de conhecimento, ou seja, usa-se desses sistemas para a gestão do trabalho do conhecimento. Que permite transformar empresas ao redor do mundo. É de certa forma um método inspirado no Sistema Toyota de Produção de Taiichi Ohno e por uma visita no Jardim do Palácio Imperial no Japão (momento de epifania do David Anderson).
Com a tradução direta do japonês de “placa”, o Kanban é mais que um “quadro na parede”: Ele é uma ferramenta que aumenta a visibilidade, consequentemente o controle de processos, potencializa a produtividade e traz mais autonomia para profissionais, equipes e empresas.
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Entretanto, é comum encontrar profissionais confusos com os diferentes tipos de certificações disponíveis no mercado. Por isso, conversamos com Samuel Cavalcante, Agile Expert e trainer na K21, para explicar as diferenças entre as certificações Kanban.
Vem conferir e saber mais sobre esse método que pode transformar sua carreira e te colocar em posição de destaque!
Para que aprender o Método Kanban?
Construído para gerir o trabalho do conhecimento, o método Kanban apoia empresas que buscam ter mais visibilidade nos trabalhos do conhecimento, que costumam ficar “escondidos” na cabeça das pessoas.
Esse “trabalho invisível”, como chama Samuel, pode atrapalhar o andamento de processos corporativos. Afinal, a única pessoa que sabe o que está acontecendo é o profissional responsável por uma tarefa.
“O que costumo falar para as minhas turmas é que o método Kanban é o paraíso do gestor. Isso porque ele não é para gerir pessoas, mas para gerir o trabalho do conhecimento, liberando tempo para que gestores foquem os esforços no que é mais importante, ao invés de ficar gerindo tarefas.”, afirma o trainer.
Ele também explica que, apesar deste método ser abrangente, ele não deve ser aplicado em todos os espaços de todas as organizações. “Ele não serve para trabalhos extremamente previsíveis, como a linha de produção fabril com estoques visíveis. Se já tem o Sistema Toyota de Produção, não precisamos mexer”, explica.
Já trabalhos do conhecimento, que são não-repetitivos, colaboradores e/ou com um olhar voltado para serviços, projetos e produtos podem se beneficiar desse conjunto de princípios e práticas.
Leia também: As principais referências sobre Kanban
Quais são algumas certificações do Kanban?
Como afirmamos acima, o método é altamente adaptável para diferentes cenários e necessidades. Por isso, é possível encontrar diferentes formações e certificações no mercado, como ilustrado no mapa abaixo:
Vamos fazer um mapa parecido com ele, entretanto:
- Team Kanban Practitioner (TKP): 8 horas
- Kanban System Design (KSD): 16 horas
- Kanban Systems Improvement (KSI): 16 horas OU Kanban Discovery e Inovação (KDI)
- Kanban Maturity Model (KMM): 16 horas
- Kanban Coaching Practices (KCP): 20 horas*
*a partir de 1º de junho, esse treinamento passará a ser chamado de Kanban Coaching
A seguir, entenda as diferenças entre as principais certificações para escolher a que melhor se encaixa nas necessidades da sua empresa ou carreira.
Team Kanban Practicioner (TKP)
O TKP é uma certificação onde o Kanban é trabalhado para que você saiba como começar a praticá-lo no dia a dia. Em apenas 8 horas, qualquer pessoa interessada consegue aplicar os princípios de prática do método na sua rotina profissional ou na sua equipe.
“Se você é de RH, marketing, finanças ou qualquer outra área e deseja entender o método, o TKP é ideal”, afirma Samuel.
Saiba mais sobre o treinamento TKP da K21 aqui.
Kanban Management Professional (KMP)
Já quem deseja se tornar um profissional, o KMP trará o aprofundamento necessário para dominar o método. Entretanto, essa certificação é composta de duas etapas: o Kanban System Design (KSD) e o Kanban Systems Improvement (KSI).
“Apesar da ordem dos cursos não ser obrigatória, é aconselhado cursar o KSD e praticar o método antes de realizar o KSI”, alerta o Agile Expert.
Outra opção para garantir a certificação KMP é a conclusão dos treinamentos KSD e Kanban Discovery e Inovação (KDI). Entretanto, esse treinamento ainda está no forno para ser oferecido, esperamos colocar no portfólio K21 em breve.
Confira também: Kanban e Scrum: entenda o papel de cada método ágil
Kanban System Design (KSD)
Segundo Samuel, no KSD são abordados os princípios e práticas necessários “para entender como que faz uma equipe responsável ponta a ponta pelo serviço funcionar de forma fluída com sistema puxado”.
No KSD são explicados os porquês do método. Além disso, é neste treinamento que os profissionais aprendem a usar o Statik (Systems Thinking Approach to Introducing Kanban) e as cadências de maturidade 2 do KMM.
Saiba mais sobre o treinamento KSD da K21 no nosso site.
Kanban Systems Improvement (KSI)
Após aprender, de maneira aprofundada, é hora de expandir o alcance desse método em uma empresa com o treinamento KSI.
Durante as 16 horas de treinamento, é possível entender como fazer diferentes departamentos conversarem para criarem uma visão sistêmica, focada na entrega de serviços. “Ou seja, quando falamos de KSD, falamos de gestão de serviço ponta a ponta em um único sistema kanban. Já o KSI mostra como a gente conecta e gere a entrega de diferentes serviços”, diz Samuel.
Mas, novamente: é recomendado ter conhecimento e prática no Kanban antes de cursar o Kanban Systems Improvement.
Saiba mais sobre o treinamento KSI da K21 no nosso site.
Kanban Coach Professional (KCP)
Para Samuel, os KCPs são agentes de mudança. Também constituído de dois treinamentos, essa certificação comprova a capacidade do profissional de aplicar o coaching do Kanban Maturity Model nas organizações.
Composta de dois treinamentos – Kanban Maturity Model (KMM) e Kanban Coaching Practices (que, em junho, se passará a chamar Kanban Coaching) – a badge de KCP só é alcançada por quem também possui o KMP.
Apesar de não ser um requisito cursar antes o KMP, “nós aconselhamos as pessoas a primeiro fazerem o KMP e praticarem para depois irem para esse treinamento, que é bem avançado”, explica Samuel.
Outro ponto de atenção levantado por Samuel é sobre uma nova anuidade relacionada às certificações. A partir de 1º de junho, os formandos em KCP precisarão fazer uma prova para obter mais alguns requisitos para obter a certificação.
Veja mais informações sobre as mudanças no site da Kanban University.
Kanban Maturity Model (KMM)
Com o treinamento KMM, os profissionais aprenderão sobre as ferramentas necessárias para determinar e entender o nível de maturidade de uma organização e a orientar a mudança evolutiva.
Esse curso é voltado para profissionais com conhecimento em Kanban e/ou agilidade e times e empresas que desejam aprimorar seus conhecimentos no método, assim como orientar a melhoria dos processos em equipes, departamentos ou organizações inteiras.
Saiba mais sobre o treinamento KMM da K21 aqui.
Kanban Coaching Practices (KCP)
Após concluir o treinamento KMM (um requisito para o treinamento KCP), você estará mais próximo de se tornar um coach de Kanban graças ao Kanban Coaching Practices.
Esta formação aprofunda as habilidades de coaching para orientar a mudança evolutiva nas organizações. Somando o que você adquiriu de conhecimento no KMM às técnicas de Kanban Coaching Practices, terá um manual de orientações práticas e pragmáticas de mudança com o Método Kanban.
Saiba mais sobre o treinamento KCP da K21 aqui.
Esperamos que esse conteúdo tenha te dado mais clareza sobre a cadeia de certificações do Kanban e os diferenciais de cada um dos treinamentos oferecidos. Se você quer saber mais sobre as formações oferecidas pela K21, acesse nosso site ou entre em contato com a nossa equipe.