Dia desses eu estava contando aqui na empresa sobre uma experiência riquíssima, engrandecedora e cheia de aprendizados que tive a oportunidade de viver ao trabalhar em um cliente do agronegócio. A ideia nesse desafio era levar novas abordagens de trabalho para eles evoluírem suas entregas, olhando para os dados e buscando melhorar continuamente. Eu tinha aproximadamente 15 minutos de exposição para contar essa história com contexto, ações e resultados para meus colegas de empresa.
Conforme eu contava a história, em um determinado momento me percebi narrando muitas coisas relacionadas à estruturação de dados, clareza do fluxo de trabalho, visibilidade da informação, desperdício, produtividade e ganhos de eficiência. Eram vários percentuais que, no final, tratavam fundamentalmente dela: a Eficiência.
Esse contexto do agronegócio em que eu estava mergulhada já gerava muito resultado e trabalhava de forma escalada, mas ainda tinha muito espaço e oportunidade para melhorar a forma de trabalhar e de entregar o produto final minimamente na mesma qualidade “top” que eles já tinham. Percebi, no fim das contas, que tínhamos medido muito a eficiência. Mas vamos pensar juntos aqui: será que medimos a coisa certa? Afinal, um trabalho de transformação não deveria ser sobre resultados, dinheiro, lucro?
No meio desses pensamentos, surge Rodrigo Toledo, sócio e cofundador da K21 | Nower, com a seguinte frase: “mas é isso mesmo, quanto mais commodity, maior o foco em eficiência“.
É justamente sobre isso que quero compartilhar algumas reflexões. Vamos começar pelo início?
O que são commodities?
Exemplos de commodities: Petróleo Bruto, Ouro, Soja, Café, Carvão etc… Commodities são produtos básicos e uniformes, negociados em mercados abertos, caracterizados pela intercambialidade e pela falta de diferenciação entre os produtores. Em outras palavras, são itens cujas características são amplamente padronizadas e uniformes, tornando-os substituíveis uns pelos outros. Em um mundo onde a uniformidade reina, a eficiência torna-se a chave para sobreviver e prosperar.
Commodities são também considerados os blocos fundamentais da economia global, os pilares do mercado financeiro e das cadeias de suprimentos. Petróleo, metais preciosos e produtos agrícolas são típicos casos considerados commodities. Exemplos específicos do agronegócio são: grãos como milho, soja e trigo são classificados commodities devido à sua homogeneidade e ao fato de serem negociados em bolsas de commodities.
Em contrapartida, produtos como carros de luxo, mercado de moda, de cosméticos e de tecnologia, que são altamente diferenciados e possuem marcas distintas, não são considerados commodities. Nesses casos, inclusive, a busca pela singularidade e exclusividade é a força motriz por trás da inovação. E aí, a eficácia – a capacidade de produzir “a coisa certa”, como diria Peter Drucker – assume o centro do palco.
Por que a eficiência é crucial na gestão de commodities?
Em negócios baseados em commodities, onde há baixa diferenciação, a eficiência é fundamental por várias razões:
- Competitividade acirrada: como os preços são determinados pelo mercado global, a eficiência operacional se torna fonte importantíssima de vantagem competitiva.
- Margens de lucro estreitas: em mercados de commodities, as margens de lucro tendem a ser pequenas devido à falta de diferenciação. Portanto, a eficiência é essencial para maximizar os lucros dentro dessas limitações.
- Resposta à demanda: uma operação eficiente permite que as empresas respondam rapidamente às mudanças na demanda do mercado, garantindo a entrega oportuna de produtos e serviços.
- Adaptação à volatilidade do mercado: os mercados de commodities são frequentemente voláteis, sujeitos a flutuações de preços e condições externas imprevisíveis. A eficiência operacional ajuda as empresas a navegarem nesse ambiente incerto com mais resiliência.
É a eficiência que nos permite navegar com menos instabilidade num mercado altamente competitivo e, não apenas sobreviver nele, mas também nos prepara para prosperar. Ou seja – uma operação altamente eficiente, nos abre caminhos e possibilidades para criar valor e inovar onde, em tese, existe apenas uniformidade.
O contraponto: cuidado com a obsessão pela super eficiência
Ok, eficiência é chave quando o pano de fundo são commodities. No mundo agro, de fato, os agricultores enfrentam constantemente pressões enormes para maximizar a produção e reduzir os custos operacionais. Isso envolve, por exemplo, a adoção de tecnologias de ponta, como drones, sensores e automação do processo produtivo para monitorar e otimizar o crescimento das culturas (produtos agrícolas).
Porém, é importante reconhecer que a busca incessante pela eficiência máxima pode trazer algumas dores de cabeça. Vamos pensar em algumas armadilhas a serem evitadas:
- Sacrifício da qualidade: priorizar exclusivamente a eficiência pode levar a cortes de custos que comprometem a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos. Cuidado para não cair nesse buraco e comprometer aquilo que você já entrega e faz bem.
- Falta de inovação: uma obsessão pela eficiência pode sufocar a inovação e processos criativos dentro dos times, impedindo o desenvolvimento de novas ideias, soluções e crescimento.
- Risco de rigidez: uma operação excessivamente eficiente pode se tornar rígida e incapaz de se adaptar a mudanças nas condições do mercado. Atenção para não entrar em um estado sólido tão engessado que seja incapaz de se moldar a novos formatos e atender a novas necessidades.
É importante lembrar que a eficiência não é um fim em si mesma, mas sim um meio para algo maior: sustentabilidade e excelência do negócio.
Conclusão sobre agilidade e commodity
Todo negócio quer ser eficiente em sua gestão e estrutura, mas eficiência não é apenas uma questão de fazer as coisas mais rapidamente ou mais baratas, mas sim de criar um ambiente que permita a geração de valor de forma consistente e sustentável.
E aí, como você pode aplicar esses conceitos em seu próprio negócio, seja ele commodity ou não?
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* Texto assistido por IA, ChatGPT, 2024.