A importância da inteligência emocional em uma liderança ágil

A inteligência emocional é hoje uma das soft skills mais importantes no ambiente empresarial, principalmente pela sua capacidade de manter um bom clima organizacional.

Dentro das empresas, é preciso aliar essa habilidade tão importante com as lideranças, para, por exemplo, que a gestão seja capaz de compreender os sentimentos dos colaboradores e como eles impactam na sua produtividade.

Em uma cultura ágil, é preciso gerenciar muito bem a relação entre a inteligência emocional e a liderança, para que ela seja capaz de promover experimentações, colaboração, melhoria contínua, prioridades estratégicas e consciência.

Neste sentido, uma liderança ágil utiliza a inteligência emocional para gerar impactos positivos sobre os indivíduos e seus sentimentos, os times e sub-equipes e a organização como um todo.

Para saber mais sobre a inteligência emocional, sua importância e impactos na cultura, continue a leitura deste artigo.

O que é inteligência emocional?

A inteligência emocional é sobretudo um conceito da Psicologia que se refere à capacidade de reconhecermos e analisarmos os nossos próprios sentimentos e, também, as outras pessoas e seus sentimentos.

É também uma capacidade de nos motivarmos, gerenciando da melhor maneira as emoções dentro de nós e, consequentemente, melhorando os nossos relacionamentos. A inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:

  • Autoconhecimento: conseguir reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando eles acontecem;
  • Controle emocional: saber lidar com os próprios sentimentos, garantindo adequação às diversas situações que podem vir a acontecer;
  • Automotivação: ser capaz de orientar as emoções em prol de um objetivo específico ou uma realização pessoal;
  • Empatia: conseguir reconhecer também as emoções dos outros, exercendo empatia em relação aos seus sentimentos;
  • Habilidade social: estabelecer relacionamentos interpessoais e interação com outros indivíduos por meio de competências sociais.

Dentro de uma cultura ágil, portanto, é necessário conhecer as emoções para tomar decisões mais assertivas e estratégicas ao mesmo tempo em que os processos e atividades são otimizados em questão de tempo e uso de recursos.

Mas a inteligência emocional é importante para além disso, pois possui a capacidade de melhorar a relação de alguém consigo mesmo ao ponto de promover mais bem-estar e autoestima. Dentro do ambiente organizacional, ela pode trazer muitos benefícios à gestão.

Qual a importância da inteligência emocional dentro de uma cultura ágil?

Para início de conversa, uma cultura ágil é representada pelo alinhamento das expectativas da organização em termos de comportamento, valores, métodos, processos, ações e sistemas voltados para a agilidade.

Com isso, é esperado uma visão sistêmica do negócio, permitindo erros e aprendizados, estimulando a transparência e confiança, garantindo flexibilidade, estimulando a colaboração e otimização das tarefas.

A inteligência emocional, por sua vez, está relacionada diretamente com liderança e a cultura ágil, pois um indivíduo com esta habilidade compreende e consegue lidar com as próprias emoções, garantindo mais autonomia e autogerenciamento.

Já o papel do líder ágil nesse cenário é o de transformar o ambiente em que essa relação acontece, valorizando o capital humano e intelectual da organização, mediando as situações que impactam na motivação e produtividade.

É dessa forma que a inteligência emocional dentro de uma cultura ágil pode trazer diversos benefícios, dentre eles a clareza nos objetivos da empresa, inspiração para novos projetos e até mesmo suporte para lidar com novos desafios.

Do manifesto ágil à inteligência emocional

O manifesto ágil surgiu como uma nova abordagem para o desenvolvimento de novos processos, sobretudo de desenvolvimento de software. Contudo, a agilidade foi ganhando outras camadas a partir da definição dos 4 principais valores do manifesto:

  • Os indivíduos e a interação entre eles devem importar mais que os processos e ferramentas;
  • Já o software em funcionamento, mais do que a documentação abrangente;
  • A colaboração do cliente mais do que a negociação de contratos;
  • E respostas frente a mudanças mais do que seguir um plano.

Ou seja, de nada adianta fornecer um ambiente de trabalho moderno ao mesmo tempo em que há sobrecarga de trabalho aos colaboradores, seja com treinamentos ou falta de manutenção na cultura.

Nesse sentido, a inteligência emocional é essencial para que a agilidade seja alcançada, adaptando o negócio diante da exposição consciente dos problemas e da criação de uma cultura que consiga abranger também as competências do futuro.

Os impactos positivos de uma liderança com inteligência emocional

Quando os líderes possuem a habilidade da inteligência emocional conseguem contribuir para um ambiente seguro. Eles criam um espaço de conforto mesmo diante dos riscos, que podem ser calculados e mensurados ao tempo em que as ideias de todos sejam ouvidas.

Com isso, o ambiente torna-se muito mais colaborativo, com ações pensadas, planejadas e executadas coletivamente, de modo que todas as pessoas tenham autonomia para aproveitar as emoções para o bem estar da organização como um todo.

Ou seja, os líderes se tornam agentes de mudanças, antecipando possíveis conflitos e planejando ações mais efetivas que motivam, mantenham um bom clima organizacional e alcancem os objetivos estratégicos do negócio.

Além disso, os colaboradores tornam-se mais capazes de encarar desafios, assumir responsabilidades e identificar insights e feedbacks que podem melhorar a qualidade das entregas das equipes.

Os impactos negativos de uma liderança sem inteligência emocional

Em contrapartida, os conflitos e outras situações que geram estresse dentro da empresa, se gerenciados por líderes sem inteligência emocional, tendem a trazer comportamentos inadequados e improdutivos ao ambiente.

Com isso, ações como levantar a voz desnecessariamente, atribuir culpa às pessoas e outros descontroles das emoções podem acontecer com frequência, desgastando o relacionamento e criando um ambiente de preocupação constante.

Além de impactos na produtividade e colaboração das equipes, os desafios se estendem à gestão, que pode se tornar mais rígida diante de ideias e sugestões, causando instabilidade e desconfiança dos colaboradores.

Ou seja, a falta de inteligência emocional gera uma reação em cadeia dentro da empresa, incapacitando as pessoas de gerenciar as emoções e dificultando o alcance dos objetivos estratégicos.

Se você chegou até aqui e identificou pontos a melhorar sobre a agilidade da sua organização, conte com quem é referência no assunto. A K21 pode te ajudar a melhorar a sua liderança por meio de diversos treinamentos.

Daniella Prevot

Sobre o autor(a)

Agile Expert na K21

Agile Expert na K21, a Dani, como prefere ser chamada, é apaixonada por pessoas e interações e por aprender e ensinar. Foi facilitando workshops e cursos de empatia e Comunicação Não-Violenta® que conheceu o mundo Ágil e se encantou com a proposta de transformação de organizações a partir e para as pessoas.

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