Você já parou para pensar como é a rotina de trabalho de um desenvolvedor?
Com pequenas alterações, o roteiro geral é:
1) Descubra qual a nova tarefa que você irá fazer
2) Entenda o que é para ser feito
3) Vá para a sua “caverna” para resolver o problema pelo tempo que for necessário (nessa hora vale tudo, sala individual, fone de ouvido, home-working etc)
4) Solução pronta! Volte ao passo 1 em busca de algo novo
Sinceramente, troque desenvolvedor por tester, dba e vários outros papéis e o roteiro não será muito diferente.
Agora imagine a quantidade de “cavernas” que nos enfiamos só na última semana!
Você reparou quantas oportunidades de colaborar e trocar experiências nós estamos perdendo? Qual foi a última vez que ao invés de trabalhar sozinho você, por exemplo, pareou para desenvolver ou pelo menos discutir uma solução com alguém?
E qual o motivo de fazermos isso?
As causas são as mais variadas, mas minha teoria é que acabamos refletindo no trabalho o modelo educacional no qual fomos “moldados” na escola, faculdade, cursinho etc. O famoso meme cada um no seu quadrado!
Quais os impactos deste tipo de atitude em nosso dia-a-dia?
Podem ser os piores possíveis, totalmente contrários a valores e práticas ágeis que tanto queremos seguir.
A falta de colaboração pode ser tão grande que não é incomum pessoas serem:
- donas do módulo X do sistema – “só Fulano sabe mexer naquilo!”
- especialistas demais em uma única ferramenta – “Criar uma funcionalidade que emita um PDF? Ah, pede pro Joãozinho fazer! Só ele entende disso”
Como tentar se livrar deste ciclo?
Aspectos culturais nunca são fáceis de mudar, mas que tal você começar a usar, por exemplo, Coding Dojos para tentar aumentar o grau de colaboração entre os seus colegas de trabalho? Que tal todo mundo ir junto para essa caverna?
Em várias turmas in-company, enquanto rola o DOJO no treinamento de testes automatizados, vemos claramente como a colaboração é baixa entre os membros do time.
Quer um exemplo? A quantidade de teclas de atalho que vejo as pessoas do time aprendendo um com o outro enquanto rola o Dojo é enorme!
Se isso vale para teclas de atalho, imagina o que não está sendo perdido ou deixado de lado nas arquiteturas de sistema, nas boas práticas de programação, no aprendizado dos frameworks que usamos etc!
E aí, que tal você começar a criar suas estratégias para romper esse ciclo vicioso?