Este é um assunto interessante. No entanto o título pode parecer um pouco estranho. Livro ágil? Afinal, todos os livros são escritos do mesmo jeito, e essa forma de escrever livros na verdade de Ágil não tem nada.
Define-se o conteúdo, escreve-se tudo, revisa-se todo o texto, promove-se um ajuste aqui e outro ali, define-se a imagem de capa e pronto, estamos a um passo da publicação. Ou seja, da impressão de milhares de cópias em papel e a subsequente distribuição pelos pontos de venda físicos e online.
Divulgamos exaustivamente e, se tudo der certo, teremos um livro de sucesso, não é isso? Não exatamente.
Esse processo tradicional nos parece ser mais como uma aposta: escrever algo que nos parece extremamente relevante naquele momento da criação e ao final torcer para que os leitores tenham a mesma opinião.
É uma aposta arriscada, pois só ao final saberemos se nossos esforços foram ou não em vão, assim como acontece na gestão tradicional de projetos. Ou seja, se faz necessário um investimento inicial, cujo retorno, se acontecer, será somente ao final de todo o processo de construção.
Um livro que já nasceu Ágil
Quando surgiu a ideia de escrever um livro, tínhamos um desejo em comum: não queríamos ter um livro tradicional, seguindo um processo tradicional. Queríamos um livro sobre Ágil escrito usando os mesmos princípios abordados no livro.
Portanto, nada no processo de escrever esse livro seguiu as regras e conceitos que todos estamos acostumados a ver em publicações tradicionais. Nosso livro já nasceu Ágil, então vamos entender em detalhes como o processo funciona.
Inicialmente imaginamos que este livro estaria dividido em quatro partes principais, além do anexo:
- mindset Ágil;
- times;
- estrutura organizacional;
- ferramentas.
No entanto, não tínhamos um plano fechado sobre o que cada parte teria de conteúdo. Sabíamos apenas o que gostaríamos de escrever na primeira parte. E assim fizemos.
Planejamos e escrevemos apenas a primeira parte, e lançamos o livro assim que esta primeira parte estava pronta (um viva à tecnologia que nos permitiu fazer isso com os livros digitais!).
Assim poderíamos coletar todo o feedback necessário para não só melhorar a primeira parte, mas também usar todo esse conhecimento para planejar uma segunda parte que fosse de encontro aos anseios dos leitores.
Realizamos uma live com os leitores da primeira versão e recebemos inúmeros feedbacks valiosos. De correções e melhorias até novas ideias e abordagens, nossa live foi um sucesso.
E assim fizemos de novo com a versão seguinte que foi ao ar algumas semanas depois. E assim faremos a cada atualização.
Cocriação e adaptação
Resumindo: escrevemos – publicamos – coletamos feedback – aprendemos mais sobre nossos leitores – iteramos e melhoramos o que já foi escrito – escrevemos mais um pouquinho – publicamos – coletamos feedback – e assim sucessivamente!
Dessa forma, a chance de escrever um livro aderente ao público aumenta exponencialmente.
Pronto, temos um livro Ágil, da concepção até a entrega, com várias versões publicadas, com feedback instantaneamente aplicado para melhorar o livro, com conteúdo vindo dos leitores (early adopters) e tudo feito com base na cultura de métricas que também faz parte do conteúdo do próprio livro.
Esperamos que os nossos leitores gostem bastante não só do conteúdo, mas também desse processo de cocriação e adaptação que depende exclusivamente dessa relação autor-leitor.
Gostou? Confira o resultado do nosso livro e fique de olho na próxima live para participar com a gente!