Os doze Princípios Ágeis foram cunhados a partir do Manifesto por parte de seus autores e podem ser vistos em seguida, cada um com uma pequena explicação adicional.
Princípio Ágil 1
O foco no desenvolvimento do produto está na satisfação dos clientes. Gera-se, desde cedo e frequentemente, retorno ao investimento dos clientes no projeto a partir da entrega de partes do produto que atendam às suas necessidades.
Esse princípio ágil se opõe à prática de se seguir um plano detalhado, sugerindo que a prioridade está em se adaptar e buscar, em cada momento, o que de fato trará valor aos clientes, para entregar-lhes o mais cedo e frequentemente possível.
Princípio Ágil 2
Aceitar a mudança como natural no processo de desenvolvimento do produto, para melhor atender às necessidades dos clientes é o segundo colocado nos Princípios Ágeis.
Ao se trabalhar em ciclos curtos de feedback, permite-se aos clientes evoluírem o produto à medida que melhor entendem suas necessidades e adaptarem às mudanças de mercado, tornando-se mais competitivos.
Esse princípio se opõe a se tratar o processo de desenvolvimento do produto como previsível, cenário irreal no qual a necessidade de mudança poderia e deveria ser prevenida, já que ela seria considerada indesejada e custosa.
Princípio Ágil 3
O terceiro colocado nos Princípios Ágeis é a entrega de, muitas vezes, partes do produto prontas aos clientes e usuários gerando, a cada entrega, retorno ao investimento e permitindo obter-se feedback sobre o que foi produzido.
Assim, pode-se adaptar o produto às necessidades dos clientes incrementalmente, reduzindo os riscos do projeto. Esse princípio se opõe a realizar poucas ou, no limite, uma entrega de valor única, apenas ao final do projeto.
Princípio Ágil 4
Pessoas de negócio e desenvolvedores do produto possuem o objetivo comum de garantir a geração de valor para os clientes e, para atingir esse objetivo, cooperam continuamente durante todo o projeto, interagindo com frequência.
Esse princípio se opõe ao cenário de antagonismo comum em projetos de desenvolvimento de software, nos quais pessoas de negócios — que frequentemente incluem os próprios clientes do projeto — e desenvolvedores raramente se comunicam e, muitas vezes, estão em lados opostos.
Princípio Ágil 5
O produto é construído por pessoas. O ambiente, o suporte e a confiança necessários para realizar seu trabalho são fatores fundamentais para sua motivação.
Esse princípio se opõe à crença de que o produto se constrói em torno das melhores ferramentas e processos, e não das pessoas, apoiando-se nos melhores instrumentos de monitoração e controle externos, por exemplo.
Princípio Ágil 6
A melhor forma de comunicação entre membros do time que desenvolve o produto e entre esse time e o mundo externo é a comunicação face a face, que é direta, síncrona e enriquecida pela entonação de voz, olhar e linguagem corporal, entre outros fatores.
Quando a comunicação presencial não é viável (em um projeto distribuído, por exemplo) é uma boa prática fazer-se o melhor uso possível da tecnologia disponível para se aproximar da comunicação face a face.
Esse princípio se opõe à utilização de documentos, e-mails, telefone e teleconferência, entre outros, como formas padrão de comunicação em um projeto.
Princípio Ágil 7
O progresso do projeto ocorre à medida que partes do produto que signifiquem valor são entregues aos clientes do projeto.
Esse princípio se opõe à prática de se gerar artefatos como protótipos e extensos documentos de planos e especificações e, assim, acreditar que se progrediu no projeto.
Isso também se opõe à geração de quaisquer artefatos e partes do produto — inclusive documentação — que não gerem valor para os clientes do projeto.
Princípio Ágil 8
Busca-se promover um ritmo constante e sustentável para o trabalho do time que desenvolve o produto, o que se torna possível quando esse ritmo é apoiado por toda a cadeia, incluindo usuários e patrocinadores.
No entanto, ao se exigir do time um compromisso com mais trabalho do que ele é capaz de produzir, são muitas vezes adotadas as horas extras, o trabalho em fins de semana e a pressa exagerada para se cumprir o prazo de entrega, por exemplo.
Essas práticas podem levar à insatisfação dos membros do time de desenvolvimento, a uma menor produtividade e a uma menor qualidade no produto gerado.
Princípio Ágil 9
O produto projetado com qualidade e produzido com excelência técnica permite que seja facilmente ser modificado e, assim, aceite a mudança como natural no processo de seu desenvolvimento.
Assim, a alta qualidade no produto gerado é essencial para se manter a Agilidade. Esse princípio se opõe à crença de que, para se obter velocidade e flexibilidade no desenvolvimento do produto, a qualidade deveria ser sacrificada. Na realidade, é exatamente o oposto.
Princípio Ágil 10
Evita-se o desperdício no desenvolvimento do produto ao não se realizar trabalho que não é necessário.
Exemplos comuns de desperdícios incluem desenvolvimento de funcionalidades de que os clientes não precisam ou de soluções desnecessariamente complexas, planejamento com nível de detalhes maior do que se pode ter em um determinado momento e uso ou geração de artefatos desnecessários.
Princípio Ágil 11
Equipes com maior autonomia são mais eficientes. Essas equipes auto-organizadas trabalham em direção a metas acordadas, mas têm a liberdade de decidir qual a melhor forma de realizar esse trabalho e, assim, são responsáveis e responsabilizadas por seus resultados. Dessa forma, geram um melhor produto.
Princípio Ágil 12
O último, mas não menos importante dos 12 Princípios Ágeis diz respeito ao fato de que para se tornar cada vez mais efetiva, a equipe regularmente inspeciona suas formas de trabalho, identifica pontos de melhoria e se adapta de acordo, promovendo a melhoria incremental contínua.
É a inspeção e adaptação que o time realiza em seus processos de trabalho.
Resumo dos 12 Princípios Ágeis
Gostou? Abaixo você confere o resumo dos 12 Princípios Ágeis para ter com você sempre que quiser. 🙂