O que é Agilidade: princípios, métodos e carreira

Fernanda Magalhães, Agile Expert e Trainer na K21

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Atualmente, criar produtos é uma tarefa mais complexa do que há alguns anos atrás. Clientes assumiram o protagonismo, concorrência global, pessoas totalmente conectadas à internet. Foi nesse contexto que surgiram novos conceitos de criação de produtos, como este sobre o que é Agilidade.

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Se você quer conhecer melhor este conceito importantíssimo para o futuro do trabalho, desde as concepções mais básicas até as melhores trilhas de conhecimento, continue lendo este artigo que preparamos para você.

Descubra o que é Agilidade

Depois de um dos mais difundidos modos de construção de software, o Modelo Cascata, muito se discutia sobre os riscos inerentes a essa forma de  desenvolver sistemas, criticado até mesmo pelo seu criador, Winston Walker Royce.

Assim, em meados dos anos 90, surgiu um movimento com objetivo de trazer inovação aos métodos tradicionais de gerenciamento do desenvolvimento de softwares. Conhecido como Desenvolvimento Ágil de Software, dá origem ao conceito que hoje chamamos de agilidade. Vamos entender a diferença.

No modelo cascata, o desenvolvimento do software era realizado por uma sequência de fases, em que cada uma se iniciava apenas quando a anterior se encerrava. Já nos vários métodos ágeis, a história é diferente.

Em 2001, dezessete profissionais da área que já utilizavam novos métodos como o Extreme Programming e Scrum promoveram um encontro para discutir novos modelos de construção de software. Neste encontro, surgiu  um documento que descrevia os valores e princípios essenciais para se desenvolver  software com resultados mais eficientes e eficazes. Esse documento visava atender três grandes objetivos: foco em entregar valor para o cliente, melhoria contínua e rápida adaptação às mudanças de contextos. O documento criado foi o Manifesto Ágil.

O que o Manifesto Ágil indica

O Manifesto Ágil estabeleceu diretrizes que poderiam ser utilizadas por pessoas e empresas desejosos por atender aos três grandes objetivos já descritos. Segundo este documento, considera-se:

  • Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
  • Software em funcionamento mais que documentação abrangente
  • Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
  • Responder a mudanças mais que seguir um plano

O próprio manifesto reconhece e destaca que há importância nos itens da direita (depois do mais que), porém os itens à esquerda são muito mais importantes.

Indivíduos e interações

Segundo um dos criadores, Jim Highsmith, a valorização prevista neste item precisa ser feita porque o entendimento é:

Quem gera os produtos e serviços são os indivíduos e suas características individuais e coletivas.

Portanto, é uma atividade humana que precisa ser levar em consideração a qualidade de vida de quem desenvolve e a interação entre as equipes, pois isso gera impactos diretos sobre o trabalho de todos.

Software em funcionamento

Segundo outro criador, Alistair Cockburn, o intuito deste ponto é compreender que:

Se não há resultados, não há construção. É preciso entregar valor ao negócio e aos clientes.

Mesmo que a documentação seja importante, ela deve ser  apenas  o necessário para auxiliar futuras evoluções. E só eventualmente as questões regulatórias. Portanto, é importante e facilita a interação. Mas, sem um produto para usar, a documentação é irrelevante. Somente juntos eles possibilitam inúmeros feedbacks confiáveis e uma entrega evolutiva.

Colaboração com o cliente

Ainda segundo Cockburn:

Não existe apenas individualidades no desenvolvimento de produtos e serviços, mas sim o resultado da colaboração entre clientes e desenvolvedores.

Ambos são necessários para a qualidade e sucesso daquele esforço. Pois se trata de um processo colaborativo entre o time de construção e clientes. As tomadas de decisões devem ser conjuntas e a busca pela melhor forma de comunicação deve ser constante. Por isso, colaboração é a palavra chave.

Responder a mudanças

É imprescindível lidar com mudanças, principalmente porque o mercado está em constante transformação, e:

Quem busca prosperar precisa estar atento a estes detalhes e se adaptar rapidamente.

Os métodos ágeis

Existem inúmeros métodos ágeis unidos pelos princípios e valores descritos pelo Manifesto Ágil, como:

  • Scrum
  • Feature Driven-Development (FDD)
  • Extreme Programming (XP)
  • Dynamic Systems Development Method (DSDM)
  • Kanban

A seguir, explicamos dois deles.

Por que o Kanban entra na nossa lista?

O Kanban não faz parte do grupo de métodos ágeis unidos pelo manifesto. Ele foi criado em 2010 por David Anderson.

Inspirado pelo diretor da Toyota Taiichi Ohno e após sua visita ao Jardim do Palácio Imperial no Japão, Anderson criou este método. Ele promove o  gerenciamento do fluxo de trabalho, evitando desperdícios e tendo mais eficiência na gestão do trabalho do conhecimento.

Diferentemente da produção industrial, o Kanban funciona como um modelo para a evolução constante do trabalho dos times, aumentando eficiência, eficácia, predição e reduzindo riscos no desenvolvimento de produtos do conhecimento.

E o Scrum?

Criado por Ken Schwaber e Jeff Sutherland, é apresentado no Guia do Scrum. Ele não chega a ser bem um método ágil, mas é um framework que pode ser adaptado para as necessidades da empresa.

Utilizado para tratar e resolver problemas de alta complexidade e adaptabilidade, o Scrum foca na entrega de produtos criativos e com o valor mais alto possível. O modelo especifica o que precisa ser feito, mas não a forma como  isso deve acontecer. Por isso, é baseado em três pilares: a Transparência, a Inspeção e a Adaptação.

Seguindo esses pilares, o Scrum funciona por meio de outros cinco valores:  comprometimento, coragem, foco, abertura e respeito. Por intermédio deles, é possível entregar com qualidade um produto com base em decisões e respeito às pessoas, que vão desde as equipes de trabalho até o cliente.

Como se tornar um profissional ágil

Segundo a pesquisa encomendada pela Gallup e realizada pela ADP, uma das maiores fornecedoras mundiais de soluções tecnológicas de gestão de capital humano, a agilidade é uma condição essencial para empresas que possuem foco nos clientes.

Essas organizações se baseiam em culturas que colocam a experiência do cliente no centro, não apenas inovando mas também considerando as principais necessidades dos consumidores.

Portanto, considerando os importantes dados desse estudo intitulado de The Real Future of Work, você pode se tornar um profissional ágil conquistando os certificados mais importantes e os três pilares levantados pela pesquisa: velocidade e eficiência, liberdade de experimentação e a comunicação e colaboração.

A trilha de conhecimento ideal para você

Para alcançar as competências que descrevemos e tendo esses pilares em mente, é preciso impulsionar a sua carreira não apenas com uma experiência prática de aprendizado, mas com dinamismo e suporte dos métodos de gestão, processo e produtos mais modernos.

Sendo assim, é preciso trilhar o seu conhecimento com o que tem de melhor no mercado. Na K21, por exemplo, você encontra uma série de treinamentos especializados com profissionais experientes em vários segmentos do mercado mundial.

Disponibilizamos alguns materiais gratuitos e de alta qualidade para você desenvolver essas habilidades tão importantes para o futuro do trabalho. Um destes materiais é justamente para você aprender o que é agilidade!

Fernanda Magalhães, Agile Expert e Trainer na K21

Sobre o autor(a)

Agile Expert e Trainer na K21 e Nower

Atravessei o portal da agilidade em 2011. Do lado de cá, eu olhava pro lado de lá, e me questionava porque não estávamos todos juntos nesse novo mundo que estava logo ali! Desde então, comecei a me dedicar, estudar, experimentar e a ajudar as pessoas a fazer a travessia, pouco a pouco. Porque do lado de cá tem uma energia única, alguma mágica acontece. E eu não podia guardar isso só pra mim. E aí, bora atravessar?

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