O que são Métricas de Pirata?

Compartilhe:

Entenda o que são métricas de pirata e como elas são utilizadas

Todas as equipes precisam definir as prioridades de suas atividades, isto é um fato!

Porém, diversas equipes não têm autonomia para decidir, e consequentemente, essa decisão é baseada no achismo ou por interferência de seus superiores.

O que gritar mais alto ganha! Já se viu nessa situação?

Então, para ajudar a obter os argumentos necessários para uma tomada de decisão, vamos descrever o processo de identificação de métricas com o framework, criado pelo engenheiro e investidor Dave McClure.

É popularmente conhecido por Métricas de Pirata, devido ao acrônimo AARRR, que significa: ACQUISITION, ACTIVATION, RETENTION, REFERRAL e REVENUE.

Pirate Metrics

A ordem das Métricas de Pirata pode variar de acordo com o negócio.

Estas categorias das métricas de pirata são utilizadas em um funil com correspondência à cada etapa do seu negócio. Não há uma ordem definida, você pode moldar de acordo com a necessidade.

Por exemplo, se seu negócio é venda de produtos pela internet, a ordem das métricas de pirata pode ser:

  1. AQUISIÇÃO, representando os clientes que entraram na sua loja;
  2. ATIVAÇÃO, representando os clientes que clicaram no comprar/pagar/finalizar;
  3. RECEITA, representando as vendas concluídas, efetivadas com sucesso;
  4. RETENÇÃO, representando os clientes que retornaram e compraram outros produtos;
  5. RECOMENDAÇÃO, representando os clientes que responderam positivamente ao questionário de satisfação.

Caso seu negócio seja livros, talvez a ordem seria:

  • RECOMENDAÇÃO
  • AQUISIÇÃO
  • ATIVAÇÃO
  • RECEITA
  • RETENÇÃO.

Já se o seu negócio é um serviço de atendimento em massa e você estimula o compartilhamento para ter descontos no serviço, a ordem talvez seja:

  • AQUISIÇÃO
  • ATIVAÇÃO
  • RECOMENDAÇÃO
  • RETENÇÃO
  • RECEITA.

As etapas do funil

Considerando que já entendemos que é possível movimentar as etapas do funil, vamos para o entendimento de cada etapa utilizando as métricas de pirata.

AQUISIÇÃO

Nesta etapa, colheremos o número de acessos, número de instalações, números de interações que representem a entrada do funil, já sendo cliente ou não, comumente denominados como Leads.

ATIVAÇÃO

Digamos que esta etapa é a confirmação da Aquisição. Nesta etapa do funil, vamos coletar o número de pessoas que compraram o produto, que ativaram o serviço, que de fato viraram clientes.

RETENÇÃO

Considerando que conseguimos fazer com que as pessoas se interessassem pelo seu produto ou serviço e que estão usando, vamos medir quais clientes estão tendo recorrência no uso do produto ou serviço.

Nos casos onde há um pagamento mensal para utilização, é nesta etapa que mediremos o Churn.

RECOMENDAÇÃO

Esta etapa está ligada à satisfação do seu cliente. Através das pesquisas e mecanismos de avaliação, tais como NPS (Net Promoter Score), 5 estrelas, Fitness for Purpose Score, ORM (Online Reputation Management), entre outras, mediremos o quanto estamos atendendo às expectativas de nossos clientes.

RECEITA

Esta etapa vai nos mostrar quanto saudável está nosso negócio. A receita por si só não representa o sucesso do nosso negócio, pois não adianta ter arrecadação se nosso cliente não está satisfeito.

Quando isto ocorre, certamente o índice de retenção está baixo, ou seja, os clientes não se mantém usando nosso produto ou serviço.

Métricas empoderam

Peter Druker mencionou duas frases emblemáticas relacionadas a métricas, que são:

  1. “Você não pode gerenciar o que não pode medir”;
  2. “Se você não puder medir, não poderá melhorar”.

Elas resumem o que representa ter esse controle. As métricas empoderam as pessoas para decidir onde focar os esforços.

Elas são excelentes (e eu diria que essenciais) instrumentos de feedback para validação da solução aplicada.

Tendo os números na palma das mãos, o próximo passo tende a ser o mais certeiro em direção ao seu objetivo.

Que tal se aprofundar?

Caso queria saber mais sobre métricas para produtos, times e organizações, se inscreva em nosso treinamento de Métricas Ágeis e aprenda a escolher, equilibrar, visualizar e interpretar diferentes métricas para definir as ações necessárias.

Leia também este outro artigo sobre métricas de pirata!

Sobre o autor(a)

Função não encontrada

Maycol Mello atua com o desenvolvimento de soluções desde 1999, participando da construção de projetos de pequeno, médio e grande porte para os mais diversos nichos de mercado. Foi professor universitário em 2011, onde deu seus primeiros passos com métodos ágeis e desde lá vêm atuando como agente de mudança organizacional ajudando empresas a se transformarem para trabalhar de forma mais enxuta e efetiva. Adepto da filosofia de que pessoas não são recursos, acompanha de perto novas tendências de liderança e gestão para trabalhadores do conhecimento.

Artigos relacionados

Um pouco do que foi o evento Product to Rescue em 9 de Julho 2024   Foco no problema Manter o foco no problema pode ser Old School mas ainda está em alta. Ficamos muito presos em problemas inexistentes ou…

Após terminar de ler o livro Ruído de Daniel Kahneman, decidi reler alguns clássicos que não olhava há algum tempo. Dentre eles, Rápido e Devagar do mesmo autor e Pensando em Sistemas de Daniela Meadows. Não pude deixar de perceber…

O Guia do Scrum fala sobre o refinamento do Product Backlog: “O Product Backlog é refinado conforme necessário” (p. 9). Todavia ele não descreve exatamente o que é o refinamento. Uma reunião, uma atividade, um processo. Neste artigo vamos jogar…

Marcos Garrido, Sócio-fundador e Trainer na K21

Existem muitas formas de organizar as métricas de seu produto / empresa. Aqui neste blog já escrevemos sobre as Métricas do Pirata, Fit For Purpose (F4P) e Métricas nas Quatro Áreas de Domínio da Agilidade. Todavia, agora, queremos falar sobre…