Tenho visto muitas pessoas assinando ou se autoproclamando RH Ágil no LinkedIn, nos currículos e em alguns artigos.
Então, vamos a minha visão do que seria este tão falado, e agora “na moda”, RH ÁGIL.
Segundo palavras do Breno Luz, Superintendente de Planejamento de RH do Itaú em sua palestra no RH Ágil Summit 2018: “Não olharemos para essa parafernália de Ágil, ferramentas, tecnologia, solução. Não esqueça que RH SEMPRE estará cuidando de gente. Isso nunca se perderá ou será substituído por nenhuma máquina, ferramenta ou Kanban”.
Dito isto, a Agilidade no RH não está em post-its colados nas paredes, em cerimônias do Scrum, em ter Product Owner e Scrum Master ou em simplesmente chamar um time de Squad. Está 100% relacionada a uma nova cultura através do Mindset Ágil. Mas é muito mais profundo que isso.
É a oportunidade de o RH finalmente deixar de ser somente uma área de serviço, para assumir o protagonismo nas organizações, tornando-se assim, um setor extremamente estratégico.
Primeiro, vale trazer à luz o fato de não mais estarmos na era industrial e, sim, na era do conhecimento. Nós, trabalhadores do conhecimento, não mais estamos preocupados somente com estabilidade, um bom salário e promessas de excelentes bônus (motivações extrínsecas). Focamos em propósito, autonomia e maestria (motivações intrínsecas).
Desta forma, como gerenciar este “novo” profissional com normas, hierarquias e políticas criadas ainda na era industrial? Sim, a grande maioria das normas e procedimentos usadas hoje em dia, em geral nas instituições, foi pensada e criada para o trabalhador da era industrial, logo podemos afirmar que estão bastante desatualizadas.
Vale lembrar que resumimos Agilidade em: foco no valor de negócio, ciclos curtos e melhoria contínua. Assim sendo, podemos afirmar que Agilidade é Cultura, mas não mudamos uma cultura sem mexer nas metodologias, processos e ferramentas.
Não cabe mais, na era do trabalhador do conhecimento, ter um setor de serviços engessado, burocrata, com foco em criar regras e regulamento para toda a organização como era o setor tradicional de RH.
O novo RH deve promover flexibilidade, adaptabilidade e inovação para apoiar incondicionalmente a experiência do colaborador. O objetivo agora é estar mais perto dos times e seus componentes, permitindo assim que eles sejam mais competentes em seus papéis, trabalhem e colaborem melhor uns com os outros, identifiquem mais rápido e facilmente problemas que precisam ser resolvidos. Isso diminui o tempo necessário para desenvolver e implementar uma resposta para uma tomada de decisão mais rápida.
Bora sair das sombras da burocracia e assumir de vez o papel estratégico das organizações? O que você está esperando?
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O que você está fazendo para que seu RH seja considerado Ágil de verdade? O que você acha que o seu RH precisa fazer para que ele seja Ágil de verdade? Responda aí nos comentários!